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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Entendendo Marry The Night de Lady Gaga

Saiu galera, o mais esperado clipe dos Little monster. Confira agora a análise feita pelo blog bjsnaomeliga que vai ajudar a entender MTN:

Bem, se você é fã, tudo que está ao longo dos 13 minutos de clipe não deve soar como novidade, a não ser o fato dela ter ido parar em uma clínica. Mas, se mesmo assim, você se sentiu perdido durante o video, não se preocupe, esta resenha do clipe Marry the Night trará uma análise completa do que se passa.

A intro, a tal da The Prelude Pathétique, mostra a derrocada de Stefani Germanotta, uma garota que abandona família e escola para tentar a sorte nas ruas de Nova Iorque para se tornar famosa. A cena na clínica traz a fala épica: eu vou conseguir, porque eu não tenho nada a perder.


Gaga já havia perdido tudo: a crença de seus pais, o apoio de amigos e o incentivo das gravadoras. É no telefonema que acontece em seu quarto que ela enloquece. Depois de se drogar e, muito provavelmente tentado suicídio (veja os hematomas) e parado na clínica, uma amiga a traz de volta à seu apê, quando recebe o telefonema que acabou com seus sonhos: ela é demitida da Def Jam, pelo L.A Reid (sim, akele do X-Factor USA).

As cenas do balé retratam seus esforços para tornar-se uma artista completa. A própria conta que os sapatos são como a impossibilidade dela de ser algo, pelo tanto de dificuldade que apresenta Ela vai parar em um teatro, cena final do Prelude. Olha para cima, para seus concorrentes, e parece não se sentir intimidada. Esta cena tem uma visível textura de anos 80, desde roupas até a fotografia. Como que se, para vencer, fosse como nos velhos tempos: dependendo apenas do talento inato da sua voz e de seus movimentos. E não de tecnologia



No início do clipe, ela já dentro do estúdio de dança, fazendo o que parece ser um teste de emprego. Gostoso ver que, apesar de todos serem concorrentes, Gaga ajuda a uma garota que cai. Talvez esse seja um dos segredos do sucesso dela, o de ser humilde. risos
A cena do carro, muito claramente, diz respeito a sua vida sentimental. Se na letra ela diz que não irá furar o banco do carro, porque é lá onde eles fizaram amor, no clipe Gaga realmente não o fura, ficando com os pés para cima, mas sai do carro e o explode. Auto-explicativo, não?


Gaga ganha as ruas e o sucesso parece iminente. O clipe termina com o break delicioso da música, mostrando cenas em edições certeiras e rápidas da sua transformação em Gaga, das suas marmotagens e loucurinhas, dela chegando em casa com a parafernalha toda, da dificuldade que foi tornar-se esse ícone que hoje ela é. Não deve ser fácil ser Gaga em 30 metros quadrados num prédio sem elevador
E, no final, a grande dica: a cola em sua mão com o endereço da Interscope, gravadora que acreditou em seu potencial e a acolheu. E, então, o desfecho à lá Lars Von Trier. Um quadro dadaísta em movimento, muita dramaticidade em uma câmera lenta, a imagem de uma rainha soberana, uma dama da noite, uma metáfora de poder vinculado ao poder feminino. Sua vitória em chamas vermelhas, representando a força com que conseguiu todos seus feitos.

                             

Com certeza o clipe, em si, está longe de ser perfeito. Mesmo porque, estamos falando de uma diretora em começo de carreira. Sim, Gaga dirigiu o clipe e, ao que tudo indica, deu bons pitacos na edição. Mas é uma nítida evolução. Marry the Night marca, portanto, um grande passo na carreira da Gaga. É um grande clipe, dentro das limitações que temos. E, acredito eu, tem cenas memoráveis que colocam muitos diretores profissionais no chinelo.


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